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coerente, verdadeiro e profundo a Cristo Sacerdote. « Se o Baptismo é um
verdadeiro ingresso na santidade de Deus através da inserção em Cristo e da
habitação do seu Espı́rito, seria um contra-senso contentar-se com uma vida
medı́ocre, pautada por uma ética minimalista e uma religiosidade superfi-
cial ».2 Neste Ano Sacerdotal, já a caminho do fim, uma graça abundante
desça sobre todos vós para viverdes a alegria da consagração e testemunhar-
des a fidelidade sacerdotal alicerçada na fidelidade de Cristo. Isto supõe,
evidentemente, uma verdadeira intimidade com Cristo na oração, pois será
a experiência forte e intensa do amor do Senhor que há-de levar os sacerdotes
e os consagrados a corresponderem ao seu amor de modo exclusivo e esponsal.
Esta vida de especial consagração nasceu como memória evangélica para
o povo de Deus, memória que manifesta, atesta e anuncia a toda a Igreja o
radicalismo evangélico e a vinda do Reino. Pois bem, queridos consagrados e
consagradas, com o vosso empenho na oração, na ascese, no progresso da vida
espiritual, na acção apostólica e na missão, tendeis para a Jerusalém Celeste,
antecipais a Igreja escatológica, firme na posse e contemplação amorosa de
Deus-Amor. Como é grande, hoje, a necessidade deste testemunho! Muitos
dos nossos irmãos vivem como se não houvesse um Além, sem se importar
com a própria salvação eterna. Os homens são chamados a aderir ao conhe-
cimento e ao amor de Deus, e a Igreja tem a missão de os ajudar nesta
vocação. Bem sabemos que Deus é senhor dos seus dons; e a conversão dos
homens é graça. Mas somos responsáveis pelo anúncio da fé, da totalidade da
fé, e das suas exigências. Queridos amigos, imitemos o Cura d'Ars que assim
rezava ao bom Deus: « Concedei-me a conversão da minha paróquia, e eu
estou pronto a sofrer o que Vós quiserdes, todo o resto da vida ». E tudo
fez para arrancar as pessoas à própria tibieza a fim de as reconduzir ao amor.
Há uma solidariedade profunda entre todos os membros do Corpo de
Cristo: não é possı́vel amá-Lo, sem amar os seus irmãos. Foi para a salvação
deles que João Maria Vianney quis ser sacerdote: « Ganhar as almas para o
Bom Deus », declarava ele ao anunciar a sua vocação, aos dezoito anos de
idade, tal como Paulo dizia: « Ganhar a todos ».3 O Vigário Geral tinha-lhe
dito: «Não há muito amor de Deus na paróquia, vós introduzi-lo-eis ». E, na
sua paixão sacerdotal, o santo pároco era misericordioso como Jesus no en-
contro com cada pecador. Preferia insistir sobre o lado atraente da virtude,
sobre a misericórdia de Deus diante da qual os nossos pecados são « grãos de
2 João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31. 3 1 Cor 9, 19.