ACTA BENEDICTI PP. XVI

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 Acta Benedicti Pp. XVI 315

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 Acta Benedicti Pp. XVI 319

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 Acta Benedicti Pp. XVI 341

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 Acta Benedicti Pp. XVI 343

 Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale344

 Acta Benedicti Pp. XVI 345

 Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale346

 Acta Benedicti Pp. XVI 347

 Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale348

 Acta Benedicti Pp. XVI 349

 Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale350

 Acta Benedicti Pp. XVI 351

 Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale352

 Acta Benedicti Pp. XVI 353

 Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale354

 Acta Benedicti Pp. XVI 355

 Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale356

 Acta Benedicti Pp. XVI 357

 Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale358

 Acta Benedicti Pp. XVI 359

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 Congregatio pro Ecclesiis Orientalibus 361

 Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale362

 Congregatio pro Episcopis 363

 Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale364

 Diarium Romanae Curiae 365

 Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale366

 Diarium Romanae Curiae 367

 Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale368

Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale342

que deixa de saber qual é a sua verdade, fica perdido nos labirintos do tempo

e da história, sem valores claramente definidos, sem objectivos grandiosos

claramente enunciados. Prezados amigos, há toda uma aprendizagem a fazer

quanto à forma de a Igreja estar no mundo, levando a sociedade a perceber

que, proclamando a verdade, é um serviço que a Igreja presta à sociedade,

abrindo horizontes novos de futuro, de grandeza e dignidade. Com efeito, a

Igreja « tem uma missão ao serviço da verdade para cumprir, em todo o

tempo e contingência, a favor de uma sociedade à medida do ser humano,

da sua dignidade, da sua vocação. [...] A fidelidade à pessoa humana exige a

fidelidade à verdade, a única que é garantia de liberdade 1 e da possibilidade

dum desenvolvimento humano integral. É por isso que a Igreja a procura,

anuncia incansavelmente e reconhece em todo o lado onde a mesma se apre-

sente. Para a Igreja, esta missão ao serviço da verdade é irrenunciável ».2 Para

uma sociedade composta na sua maioria por católicos e cuja cultura foi

profundamente marcada pelo cristianismo, é dramático tentar encontrar a

verdade sem ser em Jesus Cristo. Para nós, cristãos, a Verdade é divina; é o

« Logos » eterno, que ganhou expressão humana em Jesus Cristo, que pôde

afirmar com objectividade: «Eu sou a verdade ».3 A convivência da Igreja, na

sua adesão firme ao carácter perene da verdade, com o respeito por outras

« verdades » ou com a verdade dos outros é uma aprendizagem que a própria

Igreja está a fazer. Nesse respeito dialogante, podem abrir-se novas portas

para a comunicação da verdade.

« A Igreja - escrevia o Papa Paulo VI - deve entrar em diálogo com o

mundo em que vive. A Igreja faz-se palavra, a Igreja torna-se mensagem, a

Igreja faz-se diálogo ».4 De facto, o diálogo sem ambiguidades e respeitoso das

partes nele envolvidas é hoje uma prioridade no mundo, à qual a Igreja não se

subtrai. Disso mesmo dá testemunho a presença da Santa Sé em diversos

organismos internacionais, nomeadamente no Centro Norte-Sul do Conselho

da Europa instituı́do há 20 anos aqui em Lisboa, tendo como pedra angular o

diálogo intercultural a fim de promover a cooperação entre a Europa, o Sul

do Mediterrâneo e a África e construir uma cidadania mundial fundada sobre

os direitos humanos e as responsabilidades dos cidadãos, independentemente

da própria origem étnica e adesão polı́tica, e respeitadora das crenças religio-

1 Cfr. Jo 8, 32. 2 Bento XVI, Enc. Caritas in veritate, 9. 3 Jo 14, 6. 4 Enc. Ecclesiam suam, 67.