Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale314
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale316
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale318
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale320
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale322
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale324
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale326
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale328
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale330
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale332
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale334
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale336
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale338
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale340
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale342
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale344
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale346
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale348
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale350
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale352
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale354
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale356
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale358
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale360
Congregatio pro Ecclesiis Orientalibus 361
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale362
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale364
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale330
podeis fazer",5 e encoraja: "Eu estarei sempre convosco até ao fim do
mundo" 6 ».7
Mas, se esta certeza nos consola e tranquiliza, não nos dispensa de ir ao
encontro dos outros. Temos de vencer a tentação de nos limitarmos ao que
ainda temos, ou julgamos ter, de nosso e seguro: seria morrer a prazo, en-
quanto presença de Igreja no mundo, que aliás só pode ser missionária, no
movimento expansivo do Espı́rito. Desde as suas origens, o povo cristão
advertiu com clareza a importância de comunicar a Boa Nova de Jesus a
quantos ainda não a conheciam. Nestes últimos anos, alterou-se o quadro
antropológico, cultural, social e religioso da humanidade; hoje a Igreja é
chamada a enfrentar desafios novos e está pronta a dialogar com culturas e
religiões diversas, procurando construir juntamente com cada pessoa de boa
vontade a pacı́fica convivência dos povos. O campo da missão ad gentes
apresenta-se hoje notavelmente alargado e não definı́vel apenas segundo
considerações geográficas; realmente aguardam por nós não apenas os povos
não-cristãos e as terras distantes, mas também os âmbitos sócio-culturais e
sobretudo os corações que são os verdadeiros destinatários da actividade
missionária do povo de Deus.
Trata-se de um mandato cuja fiel realização « deve seguir o mesmo cami-
nho de Cristo: o caminho da pobreza, da obediência, do serviço e da imolação
própria até à morte, de que Ele saiu vencedor pela sua ressurreição ».8 Sim!
Somos chamados a servir a humanidade do nosso tempo, confiando unica-
mente em Jesus, deixando-nos iluminar pela sua Palavra: «Não fostes vós que
Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e
o vosso fruto permaneça ».9 Quanto tempo perdido, quanto trabalho adiado,
por inadvertência deste ponto! Tudo se define a partir de Cristo, quanto
à origem e à eficácia da missão: a missão recebemo-la sempre de Cristo,
que nos deu a conhecer o que ouviu a seu Pai, e somos nela investidos por
meio do Espı́rito na Igreja. Como a própria Igreja, obra de Cristo e do seu
Espı́rito, trata-se de renovar a face da terra a partir de Deus, sempre e só
de Deus!
5 Jo 15, 5. 6 Mt 28, 20. 7 Bento XVI, Enc. Caritas in veritate, 78. 8 Conc. Ecum. Vaticano II, Decr. Ad gentes, 5. 9 Jo 15, 16.