Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale314
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Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale352
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale354
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale356
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale358
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale360
Congregatio pro Ecclesiis Orientalibus 361
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale362
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale364
Acta Benedicti Pp. XVI 339
ALLOCUTIONES
I
Iter Apostolicum in Lusitaniam: Dum in aeroportu internationali « Portela »,
Olisiponensi in urbe, feliciter excipitur.*
Senhor Presidente da República,
Ilustres Autoridades da Nação,
Venerados Irmãos no Episcopado,
Senhoras e Senhores!
Só agora me foi possı́vel aceder aos amáveis convites do Senhor Presidente
e dos meus Irmãos Bispos para visitar esta amada e antiga Nação, que
comemora no corrente ano um século da proclamação da República. Ao pisar
o seu solo pela primeira vez desde que a Providência divina me chamou à Sé
de Pedro, sinto-me honrado e agradecido pela presença deferente e acolhedo-
ra de todos vós. Agradeço-lhe, Senhor Presidente, as suas cordiais expressões
de boas-vindas, dando voz aos sentimentos e esperanças do bom povo portu-
guês. Para todos, independentemente da sua fé e religião, vai a minha sau-
dação amiga, com um pensamento particular para quantos não podem vir ao
meu encontro. Venho como peregrino de Nossa Senhora de Fátima, investido
pelo Alto na missão de confirmar os meus irmãos que avançam na sua pere-
grinação a caminho do Céu.
Logo aos alvores da nacionalidade, o povo português voltou-se para o
Sucessor de Pedro esperando na sua arbitragem para ver reconhecida a pró-
pria existência como Nação; mais tarde, um meu Predecessor havia de honrar
Portugal, na pessoa do seu Rei, com o tı́tulo de fidelı́ssimo,1 por altos e
continuados serviços à causa do Evangelho. Que depois, há 93 anos, o Céu
se abrisse precisamente sobre Portugal - como uma janela de esperança que
Deus abre quando o homem lhe fecha a porta - para reatar, no seio da
famı́lia humana, os laços da solidariedade fraterna assente no mútuo reco-
nhecimento de um só e mesmo Pai, trata-se de um amoroso desı́gnio de Deus;
não dependeu do Papa nem de qualquer outra autoridade eclesial: «Não foi a
Igreja que impôs Fátima - diria o Cardeal Manuel Cerejeira, de veneranda
memória -, mas Fátima que se impôs à Igreja ».
Veio do Céu a Virgem Maria para nos recordar verdades do Evangelho que
são para a humanidade, fria de amor e desesperada de salvação, fonte de
* Die 12 Maii 2010. 1 Cfr. Pio II, Bula Dum tuam, 25/I/1460.