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III
Iter Apostolicum in Lusitaniam: Fatimae ad Episcopos Lusitaniae in domo «Nossa
Senhora do Carmo ».*
Venerados e queridos Irmãos no Episcopado,
Dou graças a Deus pela oportunidade de vos encontrar a todos aqui no
coração espiritual de Portugal, que é o Santuário de Fátima, onde multidões
de peregrinos, vindos dos mais variados lugares da terra, procuram reaver ou
reforçar em si mesmos as certezas do Céu. Entre eles veio de Roma o Sucessor
de Pedro, acedendo aos repetidos convites recebidos e movido por uma dı́vida
de gratidão à Virgem Maria, que aqui comunicara aos seus videntes e pere-
grinos um intenso amor pelo Santo Padre que frutifica numa vigorosa reta-
guarda de oração com Jesus à cabeça: Pedro, « Eu roguei por ti, a fim de que a
tua fé não desfaleça. E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos ».1
Como vedes, o Papa precisa de abrir-se cada vez mais ao mistério da Cruz,
abraçando-a como única esperança e derradeiro caminho para ganhar e reunir
no Crucificado todos os seus irmãos e irmãs em humanidade. Obedecendo à
Palavra de Deus, é chamado a viver não para si mesmo mas para a presença
de Deus no mundo. Serve-me de conforto a determinação com que seguis no
meu encalço, sem nada mais temer que a perda da salvação eterna do vosso
povo, como bem o demonstram as palavras com que Dom Jorge Ortiga quis
saudar a minha chegada ao vosso meio e testemunhar a fidelidade incondi-
cional dos Bispos de Portugal ao Sucessor de Pedro. De coração vo-lo agra-
deço. Obrigado ainda por todo o desvelo que pusestes na organização desta
minha Visita. Que Deus vos pague, derramando em abundância o Espı́rito
Santo sobre vós e vossas dioceses a fim de que, num só coração e numa só
alma, possais levar a cabo o empenho pastoral que vos propusestes: oferecer a
todos os fiéis uma iniciação cristã exigente e atractiva, comunicadora da
integridade da fé e da espiritualidade radicada no Evangelho, formadora de
agentes livres no meio da vida pública.
Na verdade, os tempos que vivemos exigem um novo vigor missionário
dos cristãos chamados a formar um laicado maduro, identificado com a Igre-
ja, solidário com a complexa transformação do mundo. Há necessidade de
verdadeiras testemunhas de Jesus Cristo, sobretudo nos meios humanos onde
o silêncio da fé é mais amplo e profundo: polı́ticos, intelectuais, profissionais
* Die 13 Maii 2010. 1 Lc 22, 32.