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da comunicação que professam e promovem uma proposta mono-cultural
com menosprezo pela dimensão religiosa e contemplativa da vida. Em tais
âmbitos, não faltam crentes envergonhados que dão as mãos ao secularismo,
construtor de barreiras à inspiração cristã. Entretanto, amados Irmãos,
aqueles que lá defendem com coragem um pensamento católico vigoroso e
fiel ao Magistério continuem a receber o vosso estı́mulo e palavra esclarece-
dora para, como leigos, viverem a liberdade cristã.
Mantende viva a dimensão profética sem mordaças no cenário do mundo
actual, porque « a palavra de Deus não pode ser acorrentada ».2 As pessoas
clamam pela Boa Nova de Jesus Cristo, que dá sentido às suas vidas e
salvaguarda a sua dignidade. Como primeiros evangelizadores, ser-vos-á útil
conhecer e compreender os diversos factores sociais e culturais, avaliar as
carências espirituais e programar eficazmente os recursos pastorais; decisivo,
porém, é conseguir inculcar em todos os agentes evangelizadores um verda-
deiro ardor de santidade, cientes de que o resultado provém sobretudo da
união com Cristo e da acção do seu Espı́rito.
Ora, quando no sentir de muitos a fé católica deixa de ser património
comum da sociedade e, frequentemente, se vê como uma semente insidiada
e ofuscada por « divindades » e senhores deste mundo, muito dificilmente aque-
la poderá tocar os corações graças a simples discursos ou apelos morais e menos
ainda a genéricos apelos aos valores cristãos. O apelo corajoso e integral aos
princı́pios é essencial e indispensável; todavia a mera enunciação da mensagem
não chega ao mais fundo do coração da pessoa, não toca a sua liberdade, não
muda a vida. Aquilo que fascina é sobretudo o encontro com pessoas crentes
que, pela sua fé, atraem para a graça de Cristo dando testemunho d'Ele. Vêm-
-me à mente estas palavras do Papa João Paulo II: «A Igreja tem necessidade
sobretudo de grandes correntes, movimentos e testemunhos de santidade entre
os fiéis, porque é da santidade que nasce toda a autêntica renovação da Igreja,
todo o enriquecimento da fé e do seguimento cristão, uma re-actualização vital
e fecunda do cristianismo com as necessidades dos homens, uma renovada
forma de presença no coração da existência humana e da cultura das nações ».3
Poderia alguém dizer: « É certo que a Igreja tem necessidade de grandes
correntes, movimentos e testemunhos de santidade..., mas não os há »!
A propósito, confesso-vos a agradável surpresa que tive ao contactar com
os movimentos e novas comunidades eclesiais. Observando-os, tive a alegria e
2 2 Tm 2, 9. 3 Discurso no XX aniversário da promulgação do Decreto conciliar «Apostolicam actuosita-
tem », 18/XI/1985.