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a graça de ver como, num momento de fadiga da Igreja, num momento em
que se falava de « inverno da Igreja », o Espı́rito Santo criava uma nova
primavera, fazendo despertar nos jovens e adultos a alegria de serem cristãos,
de viverem na Igreja que é o Corpo vivo de Cristo. Graças aos carismas, a
radicalidade do Evangelho, o conteúdo objectivo da fé, o fluxo vivo da sua
tradição comunicam-se persuasivamente e são acolhidos como experiência
pessoal, como adesão da liberdade ao evento presente de Cristo.
Condição necessária, naturalmente, é que estas novas realidades queiram
viver na Igreja comum, embora com espaços de algum modo reservados para
a sua vida, de maneira que esta se torne depois fecunda para todos os outros.
Os portadores de um carisma particular devem sentir-se fundamentalmente
responsáveis pela comunhão, pela fé comum da Igreja e devem submeter-se à
guia dos Pastores. São estes que devem garantir a eclesialidade dos movi-
mentos. Os Pastores não são apenas pessoas que ocupam um cargo, mas eles
próprios são carismáticos, são responsáveis pela abertura da Igreja à acção do
Espı́rito Santo. Nós, Bispos, no sacramento, somos ungidos pelo Espı́rito
Santo e, por conseguinte, o sacramento garante-nos também a abertura aos
seus dons. Assim, por um lado, devemos sentir a responsabilidade de aceitar
estes impulsos que são dons para a Igreja e lhe dão nova vitalidade, mas, por
outro, devemos também ajudar os movimentos a encontrarem a estrada
justa, com correcções feitas com compreensão - aquela compreensão espiri-
tual e humana que sabe unir guia, gratidão e uma certa abertura e disponi-
bilidade para aceitar aprender.
Iniciai ou confirmai nisto mesmo os presbı́teros. Neste Ano Sacerdotal que
está para concluir, redescobri, amados Irmãos, a paternidade episcopal so-
bretudo para com o vosso clero. Durante demasiado tempo se relegou para
segundo plano a responsabilidade da autoridade como serviço ao crescimento
dos outros, e antes de mais ninguém dos sacerdotes. Estes são chamados a
servir, no seu ministério pastoral, integrados numa acção pastoral de comu-
nhão ou de conjunto, como nos recorda o decreto conciliar Presbyterorum
ordinis: «Nenhum sacerdote pode realizar sozinho suficientemente a sua mis-
são, mas só num esforço conjunto com o dos demais sacerdotes, sob a orien-
tação dos que estão à frente da Igreja ».4 Não se trata de voltar ao passado
nem de um mero regresso às origens, mas de uma recuperação do fervor das
origens, da alegria do inı́cio da experiência cristã, fazendo-se acompanhar por
Cristo como os « discı́pulos de Emaús » no dia de Páscoa, deixando que a sua
palavra aqueça o coração, que o « pão partido » abra os nossos olhos à con-
4 N. 7.