An. et vol. CIV 7 Decembris 2012 N. 12
Index huius fasciculi (An. CIV, N. 12 - 7 Decembris 2012)
LIBRERIA EDITRICE VATICANA 00120 CITTÀ DEL VATICANO
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Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale992
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale994
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale996
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale998
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1000
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1002
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1004
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1006
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1008
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1010
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1012
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1014
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1016
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1018
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1020
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1022
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1024
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1026
ad un numero crescente di marittimi appartenenti alle Chiese Orientali, l'as-
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1030
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1032
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1034
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1036
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1038
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1040
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1042
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1044
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1046
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1048
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1050
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1052
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1054
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1056
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1058
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1060
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1062
Acta Apostolicae Sedis - Conventiones 1063
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1064
Acta Apostolicae Sedis - Conventiones 1065
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1066
Acta Apostolicae Sedis - Conventiones 1067
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1068
Acta Apostolicae Sedis - Conventiones 1069
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1070
Acta Apostolicae Sedis - Conventiones 1071
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1072
Acta Apostolicae Sedis - Conventiones 1073
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1074
Acta Apostolicae Sedis - Conventiones 1075
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1076
Acta Apostolicae Sedis - Conventiones 1077
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1078
Acta Apostolicae Sedis - Conventiones 1079
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1080
Acta Apostolicae Sedis - Conventiones 1081
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1082
Acta Apostolicae Sedis - Conventiones 1083
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1084
Acta Apostolicae Sedis - Conventiones 1085
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1086
Congregatio de Causis Sanctorum 1087
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1088
Congregatio de Causis Sanctorum 1089
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1090
Congregatio de Causis Sanctorum 1091
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1092
Congregatio de Causis Sanctorum 1093
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1094
Congregatio de Causis Sanctorum 1095
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1096
Congregatio de Causis Sanctorum 1097
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1098
Congregatio de Causis Sanctorum 1099
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1100
Congregatio de Causis Sanctorum 1101
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1102
Congregatio de Causis Sanctorum 1103
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1104
Congregatio de Causis Sanctorum 1105
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1106
Congregatio pro Episcopis 1107
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1108
Congregatio pro Gentium Evangelizatione 1109
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1110
Congregatio pro Gentium Evangelizatione 1111
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1112
Acta Apostolicae Sedis - Commentarium Officiale1114
Acta Benedicti Pp. XVI 1053
II
Ad participes Sessionis «Atrii Gentilium » in Lusitania.
Queridos amigos,
Com viva gratidão e afecto, saúdo todos os congregados no « Átrio dos
Gentios », que se inaugura em Portugal nos dias 16 e 17 de Novembro de 2012,
reunindo crentes e não-crentes ao redor da aspiração comum de afirmar o
valor da vida humana sobre a maré crescente da cultura da morte.
Na realidade, a consciência da sacralidade da vida que nos foi confiada,
não como algo de que se possa dispor livremente, mas como dom a guardar
fielmente, pertence à herança moral da humanidade. «Mesmo entre dificul-
dades e incertezas, cada homem sinceramente aberto à verdade e ao bem, com
a luz da razão e não sem o secreto influxo da graça, pode chegar a reconhecer
na lei natural inscrita no coração 1 o valor sagrado da vida humana desde o
primeiro momento do seu inı́cio até ao seu termo ».2 Não somos produto
casual da evolução, mas cada um de nós é fruto de um pensamento de Deus:
somos amados por Ele.
Mas, se a razão pode alcançar tal valor da vida, porquê chamar em causa
Deus? Respondo citando uma experiência humana. A morte da pessoa amada
é, para quem a ama, o acontecimento mais absurdo que se possa imaginar:
aquela é incondicionalmente digna de viver, é bom e belo que exista (o ser, o
bem e o belo, como diria um metafı́sico, equivalem-se transcendentalmente).
Entretanto, a mesma morte da mesma pessoa aparece, aos olhos de quem não
ama, como um acontecimento natural, lógico (não absurdo). Quem tem ra-
zão? Aquele que ama (« a morte desta pessoa é absurda ») ou o que não ama
(« a morte desta pessoa é lógica »)?
A primeira posição só é defensı́vel, se cada pessoa for amada por um Poder
infinito; e aqui está o motivo por que foi preciso apelar a Deus. De facto,
quem ama não quer que a pessoa amada morra; e, se pudesse, impedi-lo-ia
sempre. Se pudesse... O amor finito é impotente; o Amor infinito é omnipo-
tente. Ora, esta é a certeza que a Igreja anuncia: « Tanto amou Deus o
mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que nele
1 Cfr Rm 2, 14-15. 2 Enc. Evangelium vitæ, 2.